Texto e fotos: João Carlos Lopes
Santo Ovídio já "rejuBila"
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- Jogo resolvido ao cair do pano
O Santo Ovídio venceu o primeiro troféu da temporada ao bater o Sol Poente no jogo da supertaça por 2-1, com o golo da vitória a surgir já no últimos instante da 2.ª parte do prolongamento, através de um livre de dez metros que o pé esquerdo de Henrique Bila, reforço da equipa vencedora se encarregou de transformar em golo e na vitória do troféu, deixando desolado um dos homens do jogo, o guardião Teixeira.
O Santo Ovídio assenta praticamente na mesma estrutura da época passada, com poucas mexidas, fazendo da experiência dos seus jogadores e da qualidade do Futsal praticado por eles a sua maior arma. Já o Sol Poente se mostrou bastante renovado, com poucas caras do plantel anterior, sendo as mais visíveis a de Diogo Meireles do guardião Teixeira. também o treinador é novo pois José Nunes substituiu o carismático Tista.
O jogo foi sempre muito bem disputado técnica e tacticamente com as equipas a mostrarem bom Futsal e as mexidas do Sol Poente a não se notarem muito na produção exibicional da equipa que, no entanto, carece de mais competição a sério. Contudo mostra que está forte e, tal como santo Ovídio, capaz de discutir o título, restando saber o valor de algumas equipas que se reforçaram e de outras que entram com ambição.
Nesta partida o equilíbrio foi a nota dominante mas sempre com o santo Ovídio a arriscar um pouco mais. Seria o Sol Poente a inaugurar o marcador aos 26 minutos da primeira parte, com Rui Fernandes a ter uma jogada de insistência, a ganhar o ressalto e depois a meter a bola no meio de dois jogadores adversários.
Na segunda parte o santo Ovídio entrou a pressionar e acabou por chegar cedo à igualdade, com Artur Costa a beneficiar também de um ressalto para fazer o golo da igualdade.
À passagem dos dez minutos Nuno Sousa e Carlos Oliveira estiveram perto de fazer o 2-1 para o Sol Poente, numa altura em que o santo Ovídio pressionava muito à frente para não deixar o adversário sair a jogar.
Num desses lances um desabafo menos próprio de João Nuno levou um dos árbitros a expulsá-lo do jogo, deixando o jogador revoltado por considerar ter dito o que muitos jogadores dizem e nunca viu ninguém levar um cartão vermelho. O certo é que a sua equipa ficou dois minutos a jogar com menos um e aí mostrou toda a maturidade ao aguentar a pressão do Sol Poente sem sofrer golos.
As duas equipas atingiram as cinco faltas perto do final mas conseguiram manter a calma antes do apito final.
Seguiram-se dez minutos de prolongamento em duas partes de cinco. O Santo Ovídio arriscou mais um pouco mas Teixeira estava em noite sim e defendeu tudo. Do outro lado Pimenta mantinha-se atento porque o Sol Poente também tinha jogadores capazes de decidir.
Já na segunda parte do prolongamento e nos instantes finais as equipas atingiram as cinco faltas. Para grande ironia, a falta que deu o golo da vitória foi feita na baliza do guarda-redes Pimenta, sobre ele mesmo. Apesar de se estrear, Bila não acusou a responsabilidade e assumiu a marcação do livre de dez metros, frente a um dos melhores guarda-redes da competição e bateu forte de pé esquerdo para garantir o troféu para o Santo Ovídio.
Nota final para a presença de muito público no Pavilhão, afecto ás duas equipas mas não só porque há muita gente sedenta de jogar na presente temporada e não quis perder pitada deste jogo. De recordar que as duas equipas são vão defrontar novamente na primeira jornada do Campeonato.
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Jogo realizado no Pavilhão Municipal de Desportos, em Fafe.
Árbitros: António Neto e Carlos Cunha.
SOL POENTE: Tiago Teixeira; Diogo Meireles, Tiago Peixoto, Bruno Sousa, Carlos Oliveira, João Alves, Rui Fernandes (1), Nuno Sousa, e Nelson Rodrigues. Treinador, José Nunes.
SANTO OVÍDIO: Ricardo Pimenta; Artur Costa (1), Vítor Morais, Ricardo Ceiras, Hugo Moreno, Toni Freitas, Henrique Bila (1), Hugo Alexandre, Micael Palhares, Nuno Carneiro, Luís Freitas e João Nuno. Treinador José Miguel Pandilha.
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