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quarta-feira, 8 de julho de 2015

BTT: Bike & Beer foi a Santiago de Compostela em viagem mágica

Texto: Ismael Alves / Foto: DR

“O Caminho não se descreve, sente-se… tem de ser vivido!” 

O Caminho Português para Santiago de Compostela é um caminho que imprime força à alma, pois é o caminho das conquistas, característica lusitana herdada dos Celtas. Foi com este espírito que um grupo de onze amigos praticantes de BTT (Bike&Beer) realizou nos dias 3,4 e 5 de julho o Caminho de Santiago. 

Às seis da manhã, do dia 3 de julho, em Fafe começou a nossa jornada pelo Caminho Português que nos levou até Santiago de Compostela. A maioria de nós não sabíamos muito bem o que íamos encontrar, mas todos fomos em busca de uns dias de verdadeiro companheirismo e espírito de grupo. Foi sem dúvida o que aconteceu, com mais ou menos sacrifício cada um fez o Caminho pelos seus próprios motivos, mas na sua essência todos queríamos desafiar os nossos limites.

Sem pressa de chegar, seguindo as conhecidas setas amarelas e as vieiras que sinalizam o Caminho, os 247 km de viagem foram divididos em três etapas: Fafe - Valença; Valença – Caldas de Reis e Calda de Reis – Santiago. Passando por paisagens estonteantes e povoados medievais, o caminho foi colocando o corpo e a mente à prova. Conhecido como o caminho da luta, do uso da força física, de quem até ao momento só fez conquistas materiais é rapidamente transformado pela força da intuição e da capacidade emocional. A preocupação pelo próximo e o espírito de entreajuda traduziu-se no apoio essencial para os estreantes, sempre com muitas gargalhadas de alegria e amizade registadas pelas muitas fotografias tiradas.

O momento mágico da viagem surge quando pela primeira vez, se consegue ver as torres da Catedral. Apesar de ainda faltar alguns quilómetros, as forças interiores surgem do nada e os sorrisos rasgados começam a saltar nas caras cansadas e queimadas de muitas horas a pedalar.

A chegada foi brindada pelos familiares que com o seu abraço elevou o orgulho naquilo que acabamos de fazer.

Muito mais se poderia escrever sobre esta peregrinação… mas a verdade é que o “Caminho não se descreve, sente-se… tem de ser vivido!”.

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