Em cima: Marçal; João Miguel Soares, João Vítor, Marcelo, Rui rampa, Pedro Mota Em baixo: Fábio, João Pedro, Zé Brochado, Pedro Castro e João Miguel Alves |
Texto e fotos: João Carlos Lopes /Tiago João Lopes
Marcelo e Fábio abafaram o galo
- Fafenses já estão em posição de subida
Num jogo que em caso de derrota podia afastar os fafenses na luta pela subida, os guerreiros da equipa de Miguel Paredes levaram de vencida a forte formação do Gil Vicente por 2-1, numa exibição bem conseguida e capaz de anular as pedras basilares dos jogadores de Barcelos. De salientar ainda que o jogo teve a honra da presença dos treinadores principais dos dois clubes, Agostinho Bento por parte do Fafe e Paulo Alves do lado do Gil Vicente.
Apesar de não ter comprometido, a pior equipa em campo acabou por ser a de arbitragem. Temeu mostrar cartões amarelos aos jogadores gilistas, mesmo em faltas graves e grosseiras; terminou o primeiro tempo sem permitir ao Fafe a cobrança de um livre mas, na parte final do jogo não teve o mesmo critério quando o Gil Vicente procurava o empate, ao conceder, sem motivo para isso, mais um minuto para além dos três que tinha dado para compensação. O único cartão amarelo mostrado a um jogador de Barcelos foi apenas por este pontapear a bola para longe em forma de protesto. De resto, marcou inúmeras faltas contra o Fafe não o fazendo no sentido inverso em situações análogas. Ficou ainda por marcar uma grande penalidade a favor do Fafe aos 23 minutos, quando Rui Magalhães agarrou João Pedro na área gilista.
Os primeiros dez minutos foram jogados de forma equilibrada e sem situações de golos para as duas equipas.
Aos 13 minutos o gilista Rui Filipe teve uma entrada maldosa sobre Zé Brochado que por pouco não batia de forma desamparada na vedação do campo, situação essa que o árbitro, apesar de advertir o jogador não o sancionou com a amostragem do devido cartão.
Aos 16 minutos Rui Faria tentou surpreender Marçal com um remate rasteiro, na sequência de um livre directo, mas o guardião fafense esteva atento.
O Fafe chegou ao golo aos 17 minutos. Mota cobrou um canto na esquerda a que Marcelo acorreu e desviou com êxito, de cabeça, fora do alcance de Flávio. O Fafe sacudia alguma eventual pressão e passava-a para o lado do Gil Vicente.
Aos 23 minutos, Rui Magalhães agarrou João Pedro dentro da área que o árbitro e o auxiliar deixaram passar em claro.
Aos 29 minutos o Fafe teve a sorte do seu lado. Na sequência de um pontapé de canto, Rui Faria apareceu completamente solto na área, tentou colocar a bola com um remate potente mas esta saiu ao poste da baliza fafense.
O Gil vivia o seu melhor período e o meio campo do Fafe acusava algum desnorte. Aos 30 minutos, Rui Faria voltou a rematar rasteiro com a bola a sair ao lado; aos 32 foi Rui Magalhães a obrigar Marçal a uma grande defesa.
O Fafe chegou ao segundo golo aos 34 minutos. Livre frontal de Castro na zona intermediária, com a bola a sair rasteira mas a levar lume, Flávio fez uma defesa incompleta e Fábio estava no sítio certo para empurrar para a baliza.
Aos 43 minutos, Castro aguentou uma série de cargas desde a intermediária fafense até à área do Gil Vicente e ganhou uma falta. Na cobrança do livre, João Miguel atirou em jeito e com força mas a bola saiu muito perto do poste.
O Gil tentou responder de seguida com Vítor Sousa a cobrar um canto e Tó Barbosa, de cabeça, atirar por cima da barra.
Sobre o apito para descanso, o Fafe beneficiou de um livre que Castro ia cobrar mas o árbitro apitou para finalizar o primeiro tempo, não permitindo que fosse marcada a falta que ele próprio assinalou.
No segundo tempo o jogo decaiu de qualidade. Castro jogou mais recuado e Zé Brochado não teve o mesmo fulgor do primeiro tempo, nem ele nem o resto da equipa.
A formação de Barcelos só em bolas paradas chegavam à baliza fafense e nem sempre o fez bem. Porém, aos 67 minutos, chegou ao golo. Uma bola cruzada da esquerda para a cabeça de Tó Faria e este melhor que o central que o estava a marcar fez golo e reduziu a desvantagem.
Nos momentos seguintes ao golo, os gilistas podiam ter chegado ao empate. Rui Magalhães teve uma excelente ocasião nos pés mas atirou ao lado. Aos 71 minutos o perigo voltou a rondar a baliza do Fafe, na sequência de um canto.
O Fafe sacudiu a pressão e aos 73 minutos, Castro rematou de pé direito de fora da área mas a bola saiu ao lado.
Aos 87 minutos, Diogo Costa cobrou um canto no lado esquerdo do ataque do Fafe e Fábio, ao segundo poste, rematou de cabeça mas a bola não levou a direcção certa. Dois minutos depois os mesmos protagonistas em novo canto mas desta vez Fábio atirou à figura de Flávio.
O jogo terminou para grande alegria dos fafenses e do muito público que acorreu ao Estádio para apoiar esta equipa que subiu ao segundo lugar com sete pontos, menos três que o Boavista que venceu o Santa Clara nos Açores por 4-2.
Jogo realizado no Campo n.º 2 do Parque Municipal de Desportos, em Fafe.
Arbitro: Jorge Fernandes (CA Braga), auxiliado por Fernando Cunha e João Costa.
AD FAFE: Zé Marçal; João Pedro, Rampa, Fábio e João Alves (Diogo Costa, 78); Mota (Diogo Serginho, 66), Marcelo e João Vítor; Castro, João Miguel (Joel, 92) e Zé Brochado. Treinador, Miguel Paredes.
GIL VICENTE FC: Flávio; Cris (Dennis, 46), Vítor Veloso, Stefan, Rui Filipe, Fábio, Pedro (João Pedro, 46’), Rui Magalhães (Hélder, Sá, 65), Tó Barbosa, Rui Faria e Vítor Sousa. Treinador, Sá Pereira.
MARCADORES: Marcelo, 17; Fábio, 34 e Tó Faria, 67.
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