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domingo, 10 de abril de 2011

Juniores: 2.ª Div. Fase Final: Boavista FC, 1 - AD Fafe, 0

Texto e fotos: João Carlos Lopes

Morrer com a praia ali tão perto
- Rebentaram dois petardos junto do banco do Fafe
Os juniores da AD Fafe perderam por uma bola a zero contra o Boavista Futebol Clube, em jogo a contar para a quinta jornada da fase final, de acesso á 1.ª Divisão, do campeonato nacional da 2.ª Divisão na categoria. Um golo aos 87 minutos, deitou por terra a esperança de pontuar num recinto hostil, em que foram lançados dois petardos junto do banco de suplentes da AD Fafe e nem a polícia de Segurança Pública nem depois o Corpo de Manutenção conseguiram demover os adeptos do boavisteiros que estavam a intimidar o treinador e demais elementos do Fafe, permitindo, ao actuar de forma passiva, a pressão que os da casa pretendiam para este jogo, tendo aliás, adiado a partida para as 18 horas, com o fito de contarem com essa pressão pois os adeptos estavam a apoiar a equipa principal em Padrão da Légua em jogo que se tinha iniciado ás 16 horas, tendo-se deslocado depois para o estádio do Bessa.
O Boavista fez uma primeira parte em que pressionou durante 30 minutos consecutivos, tendo esbarrado apenas num guarda-redes fafense, Marçal, muito atento e, por vezes, nas pernas dos jogadores da AD Fafe, sendo certo que estes ofereciam o corpo às balas para que a bola não entrasse na sua baliza. De resto, fizeram-no em todo o jogo, mostrando-se valentes e destemidos no capítulo defensivo mas pouco acutilantes nos movimentos atacantes, com apenas um ou outro lampejo perto da baliza axadrezada.
Do lado da AD Fafe era evidente a canalização do jogo para o extremo mais rápido, Castro, tantas foram as solicitações dos seus companheiros. Contudo, os boavisteiros estavam avisados para o perigo que era dar espaço a este jogador e tinham sempre mais que um vigilante para o anular. Só a espaços, Castro conseguiu furar a marcação cerrada que lhe era feita, mas as dobras dos boavisteiros eram prontas e eficazes.
O Fafe começou a aliviar a pressão por volta dos 30 minutos de jogo e só aos 25 tinha feito o primeiro remate à baliza.
No primeiro tempo o guarda-redes do Boavista foi praticamente um mero espectador da partida, em contraste com um Zé Marçal sempre em acção.  
Na segunda parte foi o Fafe quem melhor entrou em campo mas a falsa lentidão do Boavista trazia água no bico pois quando imprimiam velocidade ao jogo, nomeadamente pelos flancos, não era fácil travar o seu ímpeto.
Tudo parecia mais fácil para os fafenses quando a equipa do Bessa viu um jogador expulso, aos 62 minutos, por acumulação de cartões amarelos, mas acabou por ser pura ilusão. O jogo, a partir daqui, ficou mais quezilento e começou a notar-se a pressão dos adeptos da casa, nomeadamente dos afectos à claque, com estes a intimidarem o banco fafense, numa tentativa clara de impedir o técnico Miguel Paredes de fazer passar as suas mensagem para dentro do campo, pois como se costuma dizer, tinha que estar com um olho no burro e outro no cigano, não fosse o diabo tecê-las.
O Fafe não tirou qualquer benefício de ter jogado em superioridade numérica e a partir dos 70 minutos os axadrezados voltaram a surgir com perigo junto da baliza de Marçal, ora em bola corrida, ora através de bolas paradas.
Aos 78 minutos rebentou o primeiro petardo junto do banco de suplentes da AD Fafe. A polícia podia ter retirado os adeptos que estavam mesmo em cima da cobertura dessa estrutura mas, inexplicavelmente optou por não o fazer, nem mesmo quando chamou reforços. Talvez por isso, minutos depois, eles tenham repetido a graça com o rebentamento de outro petardo no mesmo sítio.
A equipa da casa esteve perto de chegar ao golo aos 86 minutos quando o Fafe teve um colapso colectivo e os axadrezados ficaram em superioridade numérica à entrada da área. A sorte, mais uma vez protegeu os fafenses mas foi o último aviso. Aos 87 minutos, na sequência de um pontapé de canto, o Boavista, que até só precisava do empate para garantir a subida, marcou o único golo do encontro, deixando desolados a cerca de três centenas de adeptos fafenses que tiveram a coragem de se deslocara àquele recinto hostil.
Miguel Paredes fez três substituições nesta partida. Aos 65 minutos tirou um avançado, Adriano por troca com outro, Diogo Costa. Depois, aos 75, saiu Mota, esgotado, para a entrada de Serginho e já depois de estar a perder saiu João Vítor também esgotado, para a entrada de Lula, já aos 92 minutos. Faltou um pouco de providência nesta partida, pois tinha defesas no banco que até já tinham sido utilizados em condições idênticas, nomeadamente Joel. Um ponto chegava para manter a esperança. Agora, a esperança já não depende só do Fafe, mas sim também do que se passar no jogo Gil Vicente – Boavista. Vamos acreditar até ao fim.

Em jogo realizado no magnífico Estádio do Bessa, o Fafe alinhou com: Marçal; João Pedro, Rampa, Fábio, João Alves, Mota (Serginho, 75), João Vítor (Lula, 92), Marcelo, Castro, Adriano (Diogo Costa, 65) e Zé Brochado. Treinador, Miguel Paredes.
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1 comentário:

Unknown disse...

Mau demais para ser verdade. Para um jogo de formação, ao que assisti hoje só me leva a pensar que não vale a pena e que os miúdos quanto mais rápido saírem desse mundo de gente apalermada melhor. Desde já importa referir que estavam e sendo simpático meia centena de adeptos do Fafe para várias centenas de adeptos do Boavista. O jogo em si foi bem disputado e ao contrário de outros foi um jogo pacifico sem casos e com maior ascendente do Boavista como seria de esperar. O Fafe jogou muito bem e só não conseguiu os seus objectivos por manifesta falta de sorte. O resto é um filme de terror e nada mais há a acrescentar sobre isso. Um cambada de gente suburbana sem qualquer classe e não erraria muito ao dizer que aquela claque do Boavista será constituída por subsidio-dependentes, drogados, carteiristas, vadios e prostitutas,tal foi o seu comportamento. Nunca lamentei tanto o que pago de impostos como hoje. Mas enfim...é o Portugal que temos. O Fafe praticamente está fora da discussão do acesso a primeira divisão porque outros valores se elevam nestas ocasiões e nós somos demasiados pequenos para conseguirmos contrapor com outras equipas. O Boavista ainda não perdeu nenhum jogo neste campeonato. Hoje o empate bastava, mas quem assistiu ao jogo percebeu que outros "valores" se levantavam para o excesso de zelo do Boavista. Provavelmente, quem no próximo sábado andar por Barcelos, vai conseguir encontrar o Boavista e o Gil Vicente em amena confraternização pela "suada" subida de divisão.Aconteça o que acontecer....PARABÉNS AD FAFE. FORAM ENORMES E FIZERAM UMA CAMPANHA IMPRESSIONANTE. Abraço