.

.
.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Pedestrianismo

Texto: http://www.restauradoresgranja.com

Marcha da Liberdade no Noroeste de Fafe



Comemorar Abril, a Cidadania e a Democracia nas serranias de Fafe é diferente, é respeitar o passado, ganhar o presente e antecipar o futuro.Quando os Restauradores de Granja decidiram com determinação e vontade, no respeito pela história recente, homenagear a liberdade, a coragem das suas gentes, do seu povo mais profundo nas aldeias, as suas instituições culturais e as diversas entidades anónimas que, lutaram por um país melhor, não imaginávamos a onda mobilizadora desta iniciativa. Sentir a Festa da Liberdade num abraço ao Noroeste rural de Fafe, olhar a paz destes lugares, será o objectivo principal desta rota que já vai na nona edição, com muitas histórias de encantar.Soltar a imaginação, respirar fundo, ouvir os murmúrios e viver o momento em harmonia com a natureza pura e dura, será penetrar no Coração do Minho que interage com as periferias de Guimarães e Póvoa de Lanhoso: Serafão, Agrela, Casal de Estime e Monte são as melhores referências da realidade fafense.Deixar-se surpreender com as histórias, trabalhos, lutas e repressões, imagens das levadas, moinhos da Agrela, na sua arquitectura e degradação, quedas de água do Ribeiro Gonçalo, será descobrir a essência da Primavera. O primeiro passo de muitas caminhadas.



O PERCURSO
Trata-se de um percurso guiado que começa com a concentração dos pedestrianistas junto à Capela de Santo António, situada no outeiro do Barreiro (243m) na Freguesia de Serafão, cercado de montes com uma orografia favorável à agricultura.Descemos à estrada nacional 207 e seguimos pela Praia Fluvial do Rio Torio (Torto) na bacia hidrográfica do Rio Ave, atravessamos o casario da Freguesia da Agrela com uma flora abundante de oliveiras, videiras, cerejeiras bravas e castanheiro nos socalcos. Seguimos a levada do Ribeiro Gonçalo que nasce na Serra do Maroiço, cujo leito é entrelaçado com loureiros, choupos, salgueiros, plátanos, fetos gigantes, rochas musgosas e observamos a biodiversidade.
Depois das primeiras paragens para a contemplação da natureza nos cheiros, cores e sabores, urge parar para repor energias. Reza o ditado que “para alcançar o paraíso são necessários sacrifícios”! Aqui o povo tem toda a razão!A subida ao chamado “Monte dos Costanços”, para observar o penedo de Santa Cristina – local sagrado que já foi Capela – alargar horizontes em paisagens soberbas, como Sameiro, o Castelo da Póvoa de Lanhoso, o Gerês, o Maroiço e inúmeros vales verdejantes a perder de vista, surpreende. Na meia encosta as manchas de carvalho alvarinho e de pinheiro bravo intercaladas com o eucalipto, seguem os caminhantes até ao Lugar de Casal de Estime a 595m. Daqui até à Freguesia do Monte a (626m) é um pulo. Mas a aventura desta descoberta não terminará sem o tradicional convívio da cidadania na antiga escola Primária da Freguesia do Monte. Traz o teu farnel e come de todos!Queremos com esta caminhada sensibilizar as pessoas para a beleza da natureza, na defesa do ambiente, da tolerância, da reabilitação do património de modo a tornar a divisa latina “mens sana in corpore sano” o cartaz da actualidade.E porque andar faz bem a todas as crises, que ninguém se atreva a ficar em casa, pois Abril voltará, como num toque de magia, aos montes de Fafe. Viva a
LIBERDADE.

Organização:- Restauradores da Granja/Fafe – Secção de Pedestrianismo
Parcerias:- Associação dos Amigos do Rio Ovelha- Associação Rio Torto – Amigos do Ambiente (Serafão)