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domingo, 29 de maio de 2011

AD Fafe: Relatório e Contas 2009/2011 aprovado por maioria na AG

Texto: João Carlos Lopes / Foto: http://www.adfafe.pt/
“Proveito aquém do mais péssimo orçamento”
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A direcção presidida por Albino Salgado viu o relatório e Contas dos biénios 2009/2010 e 2010/2011, aprovados por maioria na última Assembleia-Geral do Clube, realizada no dia 27 de Maio.
Um dado que ressalta à vista prende-se com o facto de a equipa sénior de futebol ter tido um dos orçamentos mais baixos dos últimos anos e ter conseguido um honroso quarto lugar na 2.ª Divisão B. Trabalho que se deveu ao “aproveitamento dos recursos existentes, como o treinador Agostinho Bento, que é funcionário efectivo do Clube”.
Foi salientado na Assembleia o facto de “noutros tempos se querer atingir resultados desportivos imediatos isso, só deixou problemas e dores de cabeça, bem como condicionalismos às direcções seguintes, onde muitas vezes a preocupação dos dirigentes cessantes era vir cobrar as suas dívidas as direcções que assumiam funções. Pode-se mesmo dizer que a primeira preocupação de qualquer direcção, era sempre pagar as dívidas existentes, as que conheciam e não conheciam, das direcções anteriores e só depois se dedicavam ao mandato para que foram eleitos”.
Foi dito nesta Assembleia-Geral que a AD Fafe “não goza de uma situação financeira de todo invejável mas que muito foi feito nos últimos anos. Os proveitos ficaram aquém do mais péssimo orçamento, originando um défice de tesouraria acumulado sobre o qual à data não há solução á vista”.  
Apesar do esforço da Direcção em reduzir todos os anos o orçamento do Clube a quebra nas receitas não impediu que o saldo do exercício corrente fosse negativo, na ordem dos 22.572 euros.
Esse saldo originou problemas de tesouraria, o que impediu de honrar todos os compromissos da época desportiva. Acrescente-se ainda os 30 mil euros em dívida à segurança social, a qual foi renegociada para ser paga em 60 prestações mensais de 500 euros.
Em relação ao capítulo das receitas, estas mantiveram-se inalteradas e mesmo a subida de escalão não permitiu à AD Fafe um maior encaixe financeiro. A quebra das receitas em publicidade, a estagnação dos proveitos das quotas, a quebra do resultado de bilheteira e ainda o “fracasso” do Sorteio de Páscoa são alguns dos factores que contribuíram para que o Clube não evoluísse neste capítulo.
Já no que toca a despesas, a generalidade das mesmas manteve-se dentro dos padrões orçamentados. Contudo, as seis deslocações à Madeira e os alugueres de espaço de treino, bem como a aquisição de equipamentos desportivos, originaram com que fossem gastos mais 22 mil euros em fornecimentos e serviços.
No que respeita a custos com pessoal estão ainda por liquidar os meses de Maio e Junho o que totaliza aproximadamente cerca de 30 mil euros. No entanto, quando forem feitas as contas finais a redução global será na ordem dos 46 mil euros.
Neste momento o maior credor do Clube é o presidente Albino Salgado que reclama uma verba no valor de 417.850 euros. A verba em dívida com o presidente foi esclarecida e “está documentada”  e os documentos podem ser consultados na secretaria do Clube pelos sócios.   As grandes tranches que o presidente disponibilizou foram A este acresce os 30 948 euros de dívida à Segurança Social e à 7.900 euros à firma Carvalho, Ferreira & Silva, Lda. 
A AD Fafe liquidou de dividas acumuladas de épocas anteriores a 2009, com proveitos gerados entre 2009/2011 uma verba de 77.953 pelo que, para que honre todos os seus compromissos já vencidos, nomeadamente salários, tem uma necessidade de tesouraria imediata de 78.450 euros para satisfazer compromissos pendentes à data da Assembleia Geral.
O que ressalta desta Assembleia-Geral é que, o passivo do Clube acumulado antes de 2009 foi praticamente suportado pelo actual presidente Albino Salgado. Isso fez com que seja actualmente o maior credor da AD Fafe.
Refira-se que as contas da AD Fafe incidem sobre três sectores. São eles o Futebol Sénior, de cariz semi-profissional, o Futebol de Formação e a Natação.
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2 comentários:

António Daniel disse...

Ou seja, é insustentável, como a maioria dos clubes nacionais. Dever 400 mil euros é muito. Enquanto não se pensar em ter um clube representativo do Concelho, continuando a pulverizar os possíveis apoios pelos inúmeros clubes existentes, não vamos lá.

Unknown disse...

Preferível ter o clube num escalão inferior e ter as contas em dia...