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quarta-feira, 27 de março de 2019

Jogador do GDCR Fareja Montoya é de outro campeonato

TEXTO E FOTOS: JOÃO CARLOS LOPES 


"O meu sonho é chegar o mais longe possível no futebol"

Miguel Ferreira herdou o nome de Montoya quando os amigos com quem jogou no Atouguia lhe disseram que era parecido com o colombiano Santiago Montoya que tinha vindo para o Vitória de Guimarães. O jovem jogador, de 23 anos, é uma das mais valias do GDCR Fareja onde se destaca dos companheiros, pelo futebol perfumado, recepções direcionadas, assistências e sentido de golo, aliado à raça e persistência durante todo o jogo. Este jogador genial uma exemplo dentro de campo pela forma como se entrega mas também o é fora dele pela sua humildade e facilidade de fazer amizades. 

Começou a jogar quando tinha cinco anos nos Afonsinhos do Vitória SC onde fez parte da sua formação, tendo de abandonar por a sua mãe não conseguir suportar a despesa da sua formação no clube. 

Do futebol de 11 passou para o futebol de 5 e quando saiu do vitória foi para o Silvares, equipa do Concelho de Guimarães tendo sido campeão no primeiro ano. Contudo a equipa acabou e os dirigentes do S. Martinho de Candoso convidaram-no para jogar Futebol de 5 também, onde fez uma época regular. 

Por necessidade da vida familiar teve que ir para Alemanha juntamente com a família para a beira de uma irmã que já lá se encontrava. Na Alemanha voltou a jogar futebol 11 numa equipa próxima da sua residência que representou por uma temporada. No ano seguinte foi convidado por outra equipa do mesmo país denominada ESV Staffelsee onde considera que foi feliz sagrando-se campeão mais uma vez. 

A vida dá muitas voltas e para Montoya nunca foi fácil. Entretanto a sua irmã tinha que regressar para Portugal e como não se sentia bem ficar longe da minha regressou a portugal tendo na altura 18 anos.

Foi depois do regresso a Portugal que começou a jogar à bola no Futebol Popular e a sua primeira equipa foi no GD Atouguia, uma equipa de bairro, onde haveria de ganhar o nome de Montoya e onde jogou uma temporada . 

No ano seguinte jogou meia época no Calvos de onde seguiu para o S. Cristóvão onde permaneceu por duas épocas, equipa onde o treinador Stephane Varela o foi buscar para os ferroviários do GDCR Fareja . 

Montoya sente-se feliz no Fareja e assume que neste momento só está focado nesta equipa fafense. A posição que mais gosto de jogar é a extremo direito. Não tem a certeza se marcou sete ou oito golos nesta temporada mas ainda no último jogo esteve nos três golos dos ferroviários. Marcou o 3-1, apontou o canto que deu o 3-2 a Maia e o canto que resultou no auto-golo do guarda-redes do Vasco da Gama. 

O jogador não se envaidece e assume que o mais importante ele não são golos mas sim a conquista da vitória em todos os jogos considerando-se mais um jogador da equipa porque para ele sem os seus colegas, treinadores, diretores e os adeptos do Fafeja não era aquilo que tem sido. Só tenho que lhes agradecer a todos porque tenho um orgulho grande em representar esta grande equipa do Fareja, rematou o jovem que tem a profissão de tecelão. 

O jogador reconhece que a sua vida no futebol nunca foi fácil mas afirma que "a esperança é a ultima a morrer e irei lutar pelo meu sonho até não poder mais. O meu sonho é igual ao de qualquer outro jogador, chegar o mais longe possível no futebol não esquecendo quem é e de onde veio, é essa a sua ambição".

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