Sofrer e conseguir reagir
Quem se deslocou ao parque desportivo do Operário de Antime assistiu a um grande jogo de futebol, muito competitivo e com a incerteza no resultado até ao final do encontro que terminou com uma igualdade a uma bola ante a equipa do CD Celoricense.
Ambas as equipas se apresentaram com uma estratégica semelhante, reacção imediata quando alguma delas perdia a bola, pelo que o ritmo de jogo foi muito alto e sem que alguma equipa tivesse o domínio absoluto. Por outro lado as oportunidades claras de golo, foram muito poucas.
Mesmo assim o Operário de Antime dispôs de maior número e mais flagrantes. Aos 23 minutos, Matheus recebeu um cruzamento da esquerda de Coelho e perante o guarda-redes visitante proporcionou a este uma boa defesa para canto. Da marcação desse canto, a bola ressaltou novamente para Matheus, que mais uma vez bem posicionado para fazer golo, mas o seu remate foi defendido outra vez pelo guarda-redes forasteiro.
O Celorico poderia também ter chegado ao golo aos 36 minutos. Canto marcado ao segundo poste e o jogador da equipa de Basto rematou de cabeça mas Zé Carlos correspondeu com uma extraordinária defesa mesmo junto ao poste da sua baliza.
Nos segundos quarenta e cinco minutos a postura das equipas não se alterou. O que se alterou foi o domínio do jogo, pois o Antime neste período foi mais dominador, teve mais posse de bola e, por tal, o jogo desenrolou-se mais dentro do meio campo defensivo do Celorico. Raras vezes o Celorico se acercou com perigo da baliza de Zé Carlos.
Assim, o Antime poderia ter inaugurado o marcador por duas vezes. Aos 72 minutos Abílio levou a bole a embater no poste da baliza Celoricense, após a marcação de um canto directo. Aos 74 minutos aconteceu a oportunidade mais flagrante de todo o encontro: João Ribeiro desarmou um atacante visitante e lançou Diogo que ganhou a bola nas costas da defensiva visitante, isolando-se pela zona central do terreno, mas o seu remate perante o guarda-redes adversário rematou mesmo junto ao poste.
E porque quem não mate morre, conforme se diz na gíria futebolística, da reposição da bola em jogo, aos 74 minutos, o Celoricence inaugurou o marcador. Jogada pela direita do seu ataque, cruzamento para a área do Antime servindo o avançado celoricense que rematou de cabeça, Zé Carlos ainda evitou o golo com uma enorme defesa, mas a bola sobrou para outro jogador que se limitou a encostar para a redes desertas.
O Antime não desistiu de acreditar que poderia chegar à igualdade e o treinador Paulo Soares arriscou tudo ao fazer entrar o avançado Rui Ossos para a saída do defesa João Ribeiro.
O golo do empate chegou aos 88 minutos por intermédio Matheus ao converter uma grande penalidade, inquestionável, pois o defesa forasteiro interceptou um cruzamento de Rafa com a mão.
Um empate que se poderá aceitar, mas a haver um vencedor teria de ser o Antime pelo maior número de oportunidades desperdiçadas.
Boa arbitragem, tipo inglesa a deixar jogar, embora às vezes em demasia. O único senão, foi não ter dado mais tempo de descontos pois após a marcação do golo a equipa de Celorico abusou de anti-jogo, principalmente o seu guardião.
OFC ANTIME: Zé Carlos; Rafa, Rui Abreu, Óscar, João Ribeiro (Rui Ossos, 78' ), Malhado, Abílio, Ricardo Morais; Castanha (Diogo, 61'), Coelho (Pedro Mendes, 72' ) e Matheus. Treinador, Paulo Soares.
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