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quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Pedestrianismo | Vale da Teixeira (Gerês) encantou caminheiros em mais um "Ó pernas para que vos quero"

TEXTO E FOTOS: JOÃO CARLOS LOPES 

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Um variado conjunto de maravilhas naturais 

O quinto "Ó pernas para que vos quero"!, promovido pela Secção de Pedestrianismo dos Restauradores da Granja, levou duas mãos cheias de caminheiros a visitar o magnífico e imponente Vale da Teixeira, numa trajecto suave apenas com alguma dificuldade na parte final, devido ao piso rochoso e ao declive do mesmo.

Este é um percurso com bastante campo aberto em que os mais atentos se deliciam a ver figuras possíveis e imaginárias nas formações rochosas que se encontram ao longo do trajecto, sendo que o mesmo tem múltiplos interesses a nível arqueológico, geológico e paisagístico.

Num dia excelente para a prática de caminhadas houve tempo para conversar, observar e contemplar este magnífico pedaço de beleza de Portugal, ao que, ao longo de alguns quilómetros, se juntou a sonoplastia do Rio Cabalhão, com as suas águas cristalinas e melodia revigorante que ajudou a fazer o trajecto numa espécie de ambiente paradisíaco.

O primeiro ponto a ser alcançado foi a Lomba do Vidoeiro onde uma pequena cabana dá apoio aos pastores que aproveitam aquele prado. O objectivo foi seguir em contramão o rio até à casa abrigo do Cambalhão, cujo prado, com fonte de água natural, serviu para degustar o almoço volante e retemperar forças para o regresso. 

A etapa seguinte ligava o Cambalhão ao Prado da Teixeira junto ao mesmo ali junto ao rio a convidar a um mergulho caso houvesse tempo e esse tempo fosse mais convidativo para tal. Seguiram-se mais alguns quilómetros até atingir a imponentíssima Cascata do Arado cheia de vigor devido à junção a montante do Cambalhão com o Arado, dando mais vigor à água que cai de mais de 700 metros de altura e em mais que uma derivação. 

A parte final da caminhada levou os caminheiros a contemplar a beleza dos diversos miradouros da Pedra Bela em que o único senão foi encontrar o sol de frente - em final de tarde - o que obstou a melhores registos fotográficos mas não evitou o consolo das vistas e a elevação do ego por pisar tão encantador observatório natural.

Houve ainda tempo para estes dois punhados de pessoas se juntarem ao redor de uma mesa e provarem as iguarias que cada um teve a amabilidade de trazer e aí, além da degustação, foram tecidas as considerações finais e foram feitos votos para um breve regresso a estes magníficos convívios andantes. 

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