.

.
.

domingo, 8 de agosto de 2021

Entrevista | Miguel Lemos (ACD Pica) faz uma retrospetiva da sua carreira

ENTREVISTA POR: JOÃO CARLOS LOPES 

"Subida da Pica foi uma conquista de Chico a Chico" 

Miguel Lemos é um jogador de 33 anos que já vê o final da carreira a aproximar-se, mas que ainda vai sendo muito útil no meio campo da ACD Pica que voltará a representa e cuja experiência vai ser muito útil para o técnico Vítor Pacheco uma vez que a equipa ascendeu à exigente Divisão Pró-Nacional da AF Braga. Miguel cedo se destacou pelo seu pontapé forte e isso levou-o da formação dos Ases de S. Jorge para o vitória SC ainda muito novo e por lá se manteve até chegar á idade de sénior, cumprimento o primeiro nesse escalão com as cores da AD Fafe. Depois foi para Joane e para Bragança, dois clubes onde se destacou pela sua qualidade de passe e remate. Podia ter ido mais longe no futebol mas por este ou aquele motivo não conseguiu o que não o deixa de avaliar de gratificante tudo o que fez. Aos mais novos deixa o conselho para não deixarem de estudar mesmo que tenham o sonho de singrar no futebol. Já sobre a subida da Pica à Pró-Nacional considera ter sido inteiramente merecido e destaque os últimos oito jogos todos com vitórias e apenas dois golos sofridos.

Nome: Miguel Lemos Ferreira Lemos

Idade: 33 anos 

Profissão: Técnico de montagem 

Posição: Médio / Central 

Clube atual: ACD Pica 

Currículo desportivo: Ases de S. Jorge, Vitória SC, AD Fafe, GD Joane, GD Bragança, AD Fafe, Vieira SC e ACD Pica


Como avalia o seu percurso no futebol até agora?

Faço uma avaliação de certa forma de gratificante para mim e orgulhoso por aquilo que fiz em todos os clubes que representei. 


Contava ter ido mais longe na sua carreira?

Se contava “sim” e infelizmente não o fui por me acomodar de alguma forma em certos clubes por me sentir tão bem e por ser tão bem tratado e ser tão bem recebido, que acabei por rejeitar clubes de divisões superiores, o que foi mesmo a realidade. Mas agora não vale a pena lamentar, até porque não podemos regressar ao passado e aí tomaria algumas decisões diferentes.


O que acha que não pode ter corrido tão bem como esperaria? 

Sinceramente o que eu acho que não correu tão bem como esperava foi o simples facto de nunca ter um empresário porque certamente aí as coisas seriam diferentes.


Considera que jogar na ACD Pica foi um passo atrás?

De modo algum jogar na Pica foi um passo atrás. Sinceramente até acho que foi um passo em frente. 


Que balanço faz da última época? 


O balanço da última época foi bastante positivo. Após a primeira paragem não estávamos na nossa melhor fase e então na retoma do campeonato sabíamos da responsabilidade que tínhamos e a obrigação e vencer todos os jogos para podermos subir de divisão. Foi uma luta constante mas fomos totalmente merecedores deste título pois em 8 obtivemos 8 vitórias e apenas 2 golos sofridos, sendo um deles de penálti o não é qualquer equipa que consegue esse feito.


Este título e esta subida são fruto de quê?

Este título é fruto do excelente grupo que se criou o balneário. Foi incrível o que fizemos porque estávamos todos a remar para o mesmo lado, independentemente de quem jogava ou não, todos estavam ali comprometidos num só objetivo. Provavelmente dos melhores grupos que apanhei no futebol sem dúvida.


Qual foi o segredo desta conquista? 

O segredo desta conquista foi sem dúvida o “grupo” sem excluir qualquer, é caso para dizer que foi desde o “Chico ao Chico” Chico-técnico de equipamentos ao Chico - presidente e toda a estrutura.


No início da sua carreira fazia muitos golos de bola parada e agora?


Sempre fiz uma média de 5/6 golos por época, quando jogava regularmente, agora nestes últimos dois anos tenho jogado mais recuado como central então como o meu ponto forte não é o jogo de cabeça, não tenho feito muitos golos.


Qual foi o clube que lhe deu mais prazer jogar e porquê?

Sinceramente onde tive mais prazer de jogar não foi apenas num Clube mas em dois, o Vitória de Guimarães e o Grupo Desportivo de Bragança.


Que conselho dá a um jovem que tenha ilusões no futebol? 

O meu concelho muito sinceramente é que nunca ponham o futebol á frente dos estudos para um dia mais tarde não se venham a arrepender. Até porque nos tempos em que estamos, para se conseguir viver do futebol só jogando mesmo na 1.ª ou 2.ª Liga.


Qual o momento mais marcante da sua carreira?

O momento mais marcante foi no Bragança uma das subidas de divisão na qual fui o melhor marcador da equipa, a colmatar com o título de campeões também. 

Qual o momento mais triste da sua carreira? 

O momento mais triste da minha carreira foi a descida de divisão também pelo Bragança, algo que nenhum jogador de futebol gosta de passar.

Sem comentários: