Texto e fotos: João Carlos Lopes
1.ª parte a 200 à hora resolveu tudo
- 2.ª parte deu para dar minutos aos jovens
- Jogo com o Avanca é como a final da Liga dos Campeões
- Sampaio é uma máquina sem folgas
Eduardo Sampaio esteve em grande mais uma vez |
O
AC Fafe fez uma longa viagem até Lisboa para jogar no pavilhão escolar do
Colégio Camões, a quem venceu por 42-26. Apesar de ir defrontar um adversário
da 1.ª Divisão Nacional de Andebol foi muito bem recebido. Nesse capítulo, o
Andebol marca a diferença para outros desportos, pela maior proximidade entre
atletas a qual é evidente antes e depois dos jogos. O ACF voltou a preparar o
jogo de forma muito condicionada devido a alguns jogadores estarem a jogar em
missão de sacrifício com dores que os impedem de fazer todos os treinos para os
jogos. Esta final foi ultrapassada e o próximo jogo, com o Avanca pede um
pavilhão cheio a apoiar a equipa para que todos juntos possam festejar
a manutenção.
Jogo
é jogo, amizade é amizade e o ACF encarou esta partida com a máxima seriedade
imprimindo um ritmo de 200 à hora o que lhe valeu uma primeira parte de luxo,
em que marcou 24 golos, tendo sofrido apenas 9 e podia ter chegado bem perto
dos 30, pois falhou algumas situações de contra-ataque.
O
resultado final 42-26 evidência as oportunidades que o treinador Nuno Santos
deu a todo o plantel que viajou até Lisboa, pois na segunda parte permitiu que
o Camões marcasse mais golos, mas os miúdos da formação regalaram-se de jogar
andebol ao mais alto nível.
Na
primeira parte as trutas do ACF, Luís Nunes, Armando Pinto, Cláudio Mota,
Eduardo Sampaio, Pedro Peneda, João Afonso e Nuno Lobo mostraram toda a sua
qualidade com uma defesa agressiva e jogadas muito rápidas tendo conseguido
marcar 9 golos de contra-ataque, tendo falhado cinco lances idênticos nos
primeiros 30 minutos. Na baliza, Miguel Marinho mostrava-se seguro e transmitia
confiança.
Na
primeira metade Eduardo Sampaio teve um aproveitamento elevado concretizando
todos os remates que fez á baliza mais precisamente sete, o que lhe deu uma
eficácia de 100% neste período. Porém os seus golos foram fruto do trabalho da
equipa com as trutas todas as funcionarem como uma orquestra afinada que dava
musica e até tinha solistas com golos espectaculares.
Ainda
na primeira parte, além dos 7 golos de Sampaio, Armando Pinto marcou 3, os
mesmos que Luís Nunes, Pedro Peneda e Nuno Lobo. Cláudio Mota marcou um e João
Afonso quatro.
Na
segunda parte e com a vantagem de 15 golos, Nuno Santos meteu, além de João Castilho
e Pedro Sousa na baliza, os jovens gémeos Mário e Luís Pereira, Vítor Ribeiro e
Luís Gonçalves, tendo dado até minutos ao terceiro guarda-redes João Santos.
Os
golos foram surgindo com naturalidade e a simpática equipa do Camões também foi
ganhando confiança e dando alguma expressão ao seu marcador marcando quase o
dobro dos golos que tinham feito no primeiro tempo.
Nesta
segunda parte, Eduardo Sampaio marcou mais cinco golos, elevando a sua marca
pessoal para 12, revelando-se um jogador de excelência e uma máquina bem afinada sem folgas e sempre a carburar. Armando Pinto marcou mais 2 o mesmo fez Cláudio Mota. João Castilho
marcou dois, Mário Pereira, 2; Luís Pereira, 2; Vítor Ribeiro, 1 e Pedro Peneda
mais dois.
Miguel
Marinho esteve na baliza toda a primeira parte tendo entrado Pedro Sousa na
segunda e nos minutos finais João Santos. Marinho defendeu 15 de 24 remates à
baliza, Sousa defendeu cinco de 18 e Santos um de cinco.
A
viagem da equipa foi longa mas o resultado saboroso. Uma vitória sobre o Avanca
será ouro sobre azul, num campeonato em que o ACF tem um plantel curto, com muitos jogadores pouco experientes e em que perdeu dois pontas muito cedo, César
Gonçalves e Vladimiro Pires. A acontecer a manutenção será um feito épico.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário