“O ciclismo está no sangue da família”
Rafael Martins tem 24 anos, é o mais novo do clã Martins no Ciclismo e ultimamente tem-se destacado em provas de estrada e BTT cross Country, nomeadamente, em Trás-os-Montes, onde actualmente trabalha. Filho do antigo ciclista da Coelima, Manuel Martins, que era um destemido a descer, e sobrinho de José Martins que tem um grande cartel no Ciclismo nacional e internacional, com participações muito honrosas entre outras em Voltas a Portugal, Espanha e França, primo de Lizuarte Martins que andou de amarelo na Volta a Portugal e de Gilberto Martins e José Miguel Martins, tendo ambos representado às selecções jovens da modalidade, é ainda irmão de César Martins que também compete em provas amadoras e não nega a fibra da família. Contudo a determinação de Rafael tem feito dele um verdadeiro vencedor que ganha muitas provas na raça quer em estrada quer em BTT. O jovem ciclista, que se considera um corredor imprevisível, deu sempre privilégio aos estudos o que obstou a que seguisse as pisadas da família mas já acabou a licenciatura em desporto há cerca de um ano no Instituto Politécnico de Bragança, trabalhando desde então, no Ginásio "Brifitness Gym" que fica na mesma cidade. Pratica ciclismo nas horas vagas e tira o máximo de rendimento e prazer de uma modalidade que está no sangue da família.
O ciclismo Como toda a gente sabe é um desporto que está na família desde o meu pai e o meu tio, passando pelos meus primos mais velhos o meu irmão e chegando a mim, iniciei-me no ciclismo logo em criança, por volta dos 8 anos.
Alimentou o sonho de ser ciclista profissional?
RM – Sim, sem dúvida, isso é a ambição de todas as crianças e jovens que a cada dia praticam ciclismo federado. Sempre sonhei ser ciclista profissional e se possível com prestígio.
Ainda alimenta esse sonho?
Hoje em dia isso é cada vez mais difícil, uma vez que o ciclismo é um desporto pouco apoiado em Portugal. Tenho 24 anos e a idade de dar o chamado salto na carreira já passou, mas claro que se a oportunidade surgir com certeza que tentarei a minha sorte.
Pratica duas vertentes do Ciclismo. Tem preferência por alguma delas?
Sempre pratiquei ciclismo de estrada e essa vertente é a minha preferida sem duvida, na vertente de BTT sou ainda um novato visto que só iniciei a prática na passada época desportiva.
Ao que parece tem tido sucesso nas duas vertentes em provas amadoras. A que se deve essas conquistas?
Essas conquistas devem-se sem duvida á dedicação no treino realizado, que muitas vezes é preciso muita força de vontade para depois de um dia de trabalho fazer ainda uns bons quilómetros em cima da bicicleta.
Sempre que tenho um tempo livre aproveito para treinar, os km por semana vão variando dependendo da proximidade ou não de provas, durante a semana tento realizar treinos de 40/ 50 km sempre que possível, aos fins de semana uma média de 180/200 km no total dos dois dias Sábado e Domingo. Claro que algumas vezes aproveito para descansar um pouco.
O ciclismo é uma modalidade muito exigente em termos físicos?
Sem dúvida alguma, o ciclismo é uma modalidade que a cada dia o atleta vai testando os seus limites, uma vez que quer melhorar o seu desempenho de prova para prova e isso implica um enorme esforço físico
Quem são as suas grandes referências na modalidade. Tem algum ídolo?
Todo o atleta tem os seus ídolos. Há alguns ciclistas que admiro e com os quais tento aprender algumas coisas, gosto do Alberto Contador, do Mark Cavendish, que é um excelente sprinter e do Peter Sagan, pelo seu mediatismo. Dos ciclistas portugueses admiro e gosto muito do Tiago Machado.
Como é viver numa família de gente ligada ao ciclismo?
É uma excelente sensação ser filho de um ex-ciclista que ainda hoje é falado pela a sua excelente performance nas descidas, é bom ser sobrinho de um ex-ciclista que a nível internacional alcançou excelentes resultados, ser primo de ciclistas que foram á selecção nacional, primo de outro que andou de amarelo na Volta a Portugal, ter um irmão mais velho que foi ciclista e poder partilhar com ele experiencias na bicicleta que só quem percebe um pouco de ciclismo entende, tudo isso é uma sensação que não dá para explicar só mesmo sentido na pele.
Como se caracteriza como ciclista?
Na minha perspectiva sou um ciclista imprevisível, tanto corro ao ataque como à defesa, tento sempre alcançar a vitória, dou sempre o meu máximo, trabalho forte para poder melhorar a forma física. Gosto de ser reconhecido pelo que faço uma vez que o ciclismo e ser ciclista está no sangue da família.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário