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segunda-feira, 21 de setembro de 2020

1.ª Div. AF Braga | PH, treinador da SR Cepanense fala do novo Clube e da nova realidade

TEXTO: JOÃO CARLOS LOPES | FOTO: DR

 "Não é completamente seguro treinar e jogar, mas..."

A Sociedade de Recreio Cepanense é uma das colectividades mais antigas do Concelho que durante muitos anos teve boas equipas nos campeonatos distritais de futebol, mas essa actividade acabou por cair no vazio por mais de uma década regressando depois através do futebol popular estando agora a fazer a transição novamente para o futebol distrital, sendo este o ano zero da nova realidade do clube que apostou no técnico fafense Philip Cunha (PH) para comandar as tropas nas batalhas disputadas em campo jornada a jornada na 1.ª Divisão da AF Braga.       

PH teve uma longa carreira como jogador de futebol e depois de futsal, tendo representado vários clubes das associações distritais de Braga e Vila Real. 

Actualmente com 40 anos, fez o estágio de treinador na AD Fafe, com Agostinho Bento, e esteve no comando técnico do GD Silvares durante três temporadas antes de chegar ao Atei. Regressou agora a Fafe para treinar um histórico do futebol distrital.

Montelongo Desportivo falou com o treinador que utilizará o Campo Tiago da Silva Oliveira, em Cepães, para preparar o seu plantel, sobre os aspectos da constituição da equipa, as condições encontradas e a Pendemia que tem assolado o mundo.  


Como tem decorrido a constituição do plantel da SRC?

Como não temos sintético e todos os jogadores que contratamos vem a custo zero, saímos logo em desvantagem em relação a quase todos os clubes que nos rodeiam. Este ano é o ano zero do cepanense, sabemos que vamos ter um campeonato competitivo, equipas experientes e com algum estatuto na AFBRAGA. Procuramos jogadores que acima de tudo assumam um compromisso com esta instituição e que honrem a camisola que vão vestir. Neste momento temos um plantel com 21 jogadores, que penso que me poderão dar algumas garantias para fazer um campeonato tranquilo. Sendo o primeiro ano de regresso à distrital, sabemos que a subida de divisão não é fácil, pois ainda temos algumas coisas a melhorar nomeadamente um sintético para treinar. Mas já comuniquei à direção e aos jogadores que não viemos para aqui para passar tempo e queremos disputar todos os jogos tentando conquistar os 3 pontos. No fim faremos as contas e veremos se o saldo foi positivo ou negativo.

Que lacunas ainda estão por preencher no plantel?

O plantel ainda não está fechado, procuro um Defesa Central e um Médio Centro, esperamos que possam aparecer dois ou três jogadores de qualidade que nos possam vir ajudar. Caso não apareça mais nenhum jogador iremos à luta com os 21 jogadores que terei à disposição que certamente me darão garantias para realizar um bom campeonato.

Que condições encontrou nesta Colectividade?

Encontrei uma direção empenhada, com muita vontade de trabalhar e que tudo vai fazer para que não nos falte nada. Em termos de condições, temos uns balneários renovados, material de treino à disposição faltando-nos o mais importante que é o sintético. Num campeonato com 14 equipas apenas 4 equipas são pelados e duas dessas equipas são de Fafe. Tanto eu como os jogadores já sabíamos para o que vínhamos, por isso só temos de trabalhar durante a semana para tentar obter bons resultados ao fim de semana.

Acredita que em contexto de Pandemia é seguro treinar e jogar?

Na minha opinião, apesar se os clubes tentarem cumprir com todas as recomendações impostas pela DGS não é completamente seguro treinar e jogar, mas acho que temos de seguir em frente e tentar viver com esta situação de pandemia, caso contrário só retomaremos as nossas vidas e o desporto amador daqui a um ou dois anos. Acho que o desporto faz falta, o espírito competitivo faz-nos falta, o balneário faz falta e o futebol amador é um "escape" para treinadores, jogadores e mesmo adeptos para fugirmos das nossas rotinas diárias.

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