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quinta-feira, 12 de junho de 2014

Ciclismo: ACM alerta para sinais preocupantes em relação ao doping

Redacção/ACM

“Em especial em eventos e competições não reconhecidas pelas federações desportivas"

A Associação de Ciclismo do Minho (ACM) alertou o Secretário de Estado do Desporto e Juventude e a Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP) para o que considera serem “sinais preocupantes em relação ao doping”, em especial em eventos e competições não reconhecidas pelas federações desportivas. “O doping corrói a lógica do desporto e constitui um risco para a saúde pública”, afirma a direção da ACM apelando à subscrição do “Jogo limpo - manifesto pela ética desportiva”, um compromisso público em defesa da ética desportiva e contra o doping.

Segundo a Direção da ACM, “existem casos em que atletas suspensos por doping participam em competições desportivas não oficializadas em termos federativos, assumindo um papel de referência nesses eventos, vencendo essas competições e emergindo como verdadeiros heróis desportivos”. “Para onde caminha o nosso desporto e que princípios e valores estão afinal a ser transmitidos aos jovens quando atletas implicados em casos de doping ou em que na sua modalidade não existe controlo antidopagem se tornam “campeões” e “ídolos” desportivos depois de participarem em eventos, geralmente muito mediatizados, e em que ninguém regula e defende a ética desportiva ?”, pergunta a direção da ACM.

A ACM (que em 2009 lançou o “Jogo limpo - manifesto pela ética desportiva”) diz “haver indicadores claros quanto a um reposicionamento dos agentes prevaricadores em termos de doping em funções, modalidades e vertentes desportivas anteriormente não conotadas com o doping”, ao mesmo tempo que se assiste ao “surgimento e implantação de organizações empresariais ligadas ao desporto que, a coberto dessa atividade, poderão estar a contribuir para a proliferação do doping”.

Para a associação minhota, “o problema do doping agrava-se e assume contornos preocupantes ao nível dos eventos desportivos organizados à revelia pelas Federações dotadas do Estatuto de Utilidade Pública Desportiva”. “Nesses eventos não existe qualquer garantia, por exemplo, de cumprimento das normas de segurança e da defesa da verdade e da ética desportiva”, afirma a ACM explicando que os indicadores associados a essas atividades fazem pressupor que os mesmos têm contribuído para a propagação do doping, além de que configuram flagrante e incompreensível concorrência desleal em relação a eventos desportivos oficiais em que é obrigatório, por exemplo, cumprir normas de segurança, salvaguardar a defesa da verdade e da ética desportiva, garantir a existência de seguros obrigatórios e de várias licenças e autorizações. É muito mais fácil e barato não cumprir nada disto”, realça a ACM.

A ACM considera “urgente enquadrar definitivamente todos os eventos nas respetivas Federações dotadas do Estatuto de Utilidade Pública Desportiva e combater os indícios de recurso ao doping que podem derivar do reposicionamento de agentes prevaricadores em novas funções, modalidades e vertentes e do surgimento e implantação de organizações empresarias ligadas ao desporto que poderão estar a contribuir para a proliferação do doping”.

A par do alerta ao Secretário de Estado do Desporto e Juventude e à Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP), a ACM relançou e apelou à subscrição do “Jogo limpo - manifesto pela ética desportiva”, um compromisso público em defesa da ética desportiva e contra o doping que a associação minhota promove desde 2009. Todos os interessados em subscrever o documento podem fazê-lo através do preenchimento do formulário disponível em www.acm.pt.
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