Texto: João Carlos Lopes / Fotos: JCL e Tiago João Lopes
A ferro e fogo
- Que grande golo deu à Costa
Os juniores fafenses venceram o Trofense, por 3-2, na 3.ª jornada do Campeonato Nacional da 2.ª Divisão num jogo em que começaram a perder aos dois minutos e viram um juiz da partida com dualidade de critérios. Marcelo foi expulso aos 60 minutos por ter visto o segundo cartão amarelo mas, quando viu o primeiro, aos 21, o árbitro já tinha perdoado três cartões por faltas passíveis dessa penalização cometidas por jogadores trofenses. Numa delas o árbitro advertiu, à nossa frente, o jogador dizendo que não era necessário jogar assim. No entanto não o admoestou devidamente.
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O Fafe começou o jogo praticamente a perder, com a defesa a permitir que Sérgio Almeida fizesse um golo fácil na área fafense, logo aos dois minutos. Iludiram-se os rapazes da Trofa pelo golo madrugador e uniram-se os fafenses por verem bater o infortúnio à porta tão cedo.
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A equipa de Miguel Paredes reagiu bem á adversidade. Aos seis minutos Tó Zé, rematou para ver a bola sondar a baliza com perigo; aos oito, Diogo Costa disputou um lance com o guardião contrário e este não quis saber da bola abalroando autenticamente o jogador fafense, ficando uma falta por marcar e um cartão por mostrar.
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Aos dez minutos o Fafe beneficiou de um pontapé de canto. Dentro da área e no meio da confusão, Pascoal tiver o discernimento necessário para olhar para a baliza e meter a bola na gaveta com um toque subtil. Como se costuma dizer foi golo de jogador da bola, pela frieza com que executou o lance.
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O Fafe melhorou com a obtenção do golo e instalou-se no meio campo do Trofense que tentava contra-ataques, beneficiando da rapidez e qualidade técnica do seu melhor jogador, Fábio Moura.
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Aos 26 minutos, novo canto a favor do Fafe, Rampa fez um remate dentro da área mas a bola foi rechaçada para fora da área, onde se encontrava Diogo Costa e este não se fez rogado, aplicou um potente remate de pé esquerdo com a bola a sobrevoar a relva um metro acima desta e anichar-se no poste direito da baliza à guarda de Ricardo. Foi o delírio, pela qualidade do golo e pela reviravolta no marcador.
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Aos 39 minutos, Fábio Moura apareceu nas costas da defesa fafense e levou o pânico á baliza de Marçal. Os Deuses estavam do lado dos fafenses que acabaram por resolver a situação mas sem que não tivessem irritado o seu técnico.
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Sobre o minuto 45, João Miguel rematou para ver brilhar Ricardo na baliza trofense.
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A segunda parte começou com uma grande penalidade a favor do Fafe que João Miguel se encarregou de converter com maestria. Este golo acabou por ser importante para o desfecho da partida.
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O Trofense não tinha nada a perder e resolveu dar tudo o que tinha, pressionando os fafenses no sentido de chegar ao golo. Mas só o fizeram verdadeiramente quando Marcelo foi expulso com o segundo amarelo aos 60 minutos. Miguel Paredes teve que prescindir de um avançado, João Miguel e meter um médio com características defensivas mas que vinha de lesão prolongada, João Vítor. Que grande ajuda deu este jogador aos seus companheiros. Dentro de campo não deve haver ninguém mais chato que ele, vai a todas.
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Aos 62 minutos, os trofenses, beneficiaram de um livre cobrado ao segundo poste onde Dias atirou ao lado. Aos 65, fruto da sua pressão, enviaram uma bola á trave da baliza de Marçal e aos 67 chegaram ao golo mas este foi literalmente oferecido pelo árbitro. Rampa sofreu falta continuada na área fafense a que o árbitro fez vista grossa e, quando finalmente, fruto de jogo faltoso o jogador do Trofense foi tocado na área o juiz não teve dúvidas a assinalar grande penalidade. Rui converteu o castigo máximo e relançou a partida.
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Mais uma vez os fafenses uniram-se na adversidade mas foi o Trofense a estar perto do empate aos 70 minutos, com Rui a desviar ao primeiro poste com muito perigo.
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O Fafe podia ter sentenciado o jogo aos 82 minutos com Ginho isolado a permitir grande intervenção de Ricardo. Três minutos depois o jogo esteve parado por lesão de Zé Brochado. O Árbitro teve que chamar os dois massagistas para resolver um problema na clavícula do jogador. Mesmo assim foi digna a força de vontade do jogar ao dizer “mister eu estou bem”. Na verdade não estava mas queria ajudar a equipa com as forças que lhe restavam. Miguel Paredes substituiu-o por Joel.
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Nos sete minutos de compensação houve dois remates para o Trofense e um para o Fafe que nada alteraram no resultado.
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Jogo Realizado no Campo n.º 2 do Parque Municipal de Desportos, em Fafe
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Árbitro, Francisco Vicente (CA Vila Real), auxiliado por Bruno Costa e António Trindade
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AD FAFE: Zé Marçal; João Pedro, Rui rampa, Fábio e Toka; Pascoal, Tó Zé (Ginho, 71’) e Marcelo; Diogo Costa, João Miguel (João Vítor, 63’) e Zé Brochado (Joel, 90’). Treinador, Miguel Paredes.
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CD TROFENSE: Ricardo; Eduardo, Márcio, Rui e Sérgio; Guilherme (Diogo, 85’), Dias e Fábio Ferreira; Hugo (Dani, 66’), Fábio Moura e Sérgio (Gonzaga, 46’). Treinador, Jorge Gonçalves.
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MARCADORES: Sérgio, 2; Pascoal, 10, Diogo Costa, 26, João Miguel (g.p.), 46’ e Rui Carvalho (g.p.), 67.
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